A solidão intermitente
É como se qualquer coisa se rompesse subitamente e fizesse cair a vida em pedaços
Como dar-te um golpe e mergulhar no teu interior
Como beijar-te o olhar trespassado a espada de fogo
Como venerar teu coração já morto
Tua pele já extinta
Faminta
Putrefacção alardeada
As paredes negras da existência fúnebre
Despenteada
O norte rendido ao sul
O centro ao externo
A inércia ao mastigar do tempo
As vestes contrárias
O fio voluptuoso laminado no gume de uma faca
A solidão intermitente
Os pés descalços nos sulcos negros do areal da praia
A maré que sobe e nos cobre os lábios da cor esquecida
A doença iminente que surge e permanece
Comigo
Na solidão
13 agosto 2007
A solidão intermitente
por
Flor de Lótus
às
16:36
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